A transição da CID-10 para a CID-11 representa uma grande evolução no diagnóstico de autismo. Compreender essa mudança é fundamental para profissionais da saúde, famílias e pessoas autistas. A nova classificação reflete avanços no reconhecimento da neurodiversidade, promovendo diagnósticos mais precisos e inclusivos.
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Como o Autismo Era Visto na CID-10
Na CID-10, o autismo estava inserido na categoria “Transtornos Globais do Desenvolvimento”. Essa classificação dividia a condição em diferentes “tipos”, o que gerava confusão e, por vezes, até uma hierarquia de valor entre os diagnósticos. As principais subcategorias eram:
- Autismo Infantil
- Síndrome de Asperger
- Autismo Atípico
Essa fragmentação não refletia a realidade clínica de que o autismo é um espectro contínuo de características e necessidades. Muitas pessoas ficavam em um limbo diagnóstico ou recebiam rótulos que não contemplavam sua individualidade.
A Unificação no Transtorno do Espectro Autista (TEA) na CID-11
A CID-11 modernizou a abordagem e unificou todas as categorias anteriores sob um único diagnóstico: Transtorno do Espectro do Autismo (6A02). A mudança reflete o consenso científico de que as manifestações do autismo acontecem em um continuum — não em compartimentos fixos.
Vantagens da Nova Classificação: A Fusão da CID-10 para a CID-11
- Fim dos rótulos: termos como “Asperger” foram descontinuados, o que contribui para reduzir o estigma e a ideia equivocada de que existem tipos “melhores” ou “piores” de autismo.
- Foco nas necessidades individuais: em vez de encaixar a pessoa em uma categoria rígida, a CID-11 permite especificar o suporte necessário, indicando se há deficiência intelectual associada e o grau de impacto na linguagem funcional.
- Diagnóstico mais inclusivo: a nova definição é mais ampla, favorecendo o reconhecimento do autismo em meninas, mulheres e adultos, que frequentemente eram subdiagnosticados na CID-10.
Como a Mudança da CID-10 para a CID-11 Impacta o Diagnóstico de Autismo
A transição de CID-10 para CID-11 traz mais do que um ajuste técnico. Ela reforça a importância do diagnóstico como uma ferramenta para empoderar, não para limitar. O novo modelo favorece a neurodiversidade, permitindo diagnósticos mais precisos e inclusivos.
Na Clínica Formare, adotamos os critérios da CID-11 para garantir práticas clínicas atualizadas e baseadas em evidências. Cada avaliação é conduzida com cuidado e respeito à singularidade de cada pessoa, promovendo seu bem-estar, desenvolvimento e qualidade de vida.