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Além do Autismo: Explorando os Diversos Contextos da Terapia ABA

Criança com fone de ouvido

A famosa “Terapia ABA” tem raízes profundas em pesquisas científicas e filosóficas. A sigla ABA representa “Análise do Comportamento Aplicada”, que se refere à aplicação da análise do comportamento para resolver questões práticas e humanas.

 

Para entender melhor as siglas envolvidas, é útil referenciar o trabalho de Tourinho (1999), que distingue as áreas de estudo do comportamento e propõe uma reorganização das terminologias usadas na ciência comportamental. Ele teoriza que a Análise do Comportamento (AC) é a grande área da ciência, enquanto o Behaviorismo Radical se concentra nos estudos teóricos e filosóficos. Além disso, há a análise experimental do comportamento e a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), voltada para intervenções práticas.

A ABA não está diretamente associada ao autismo em sua conceituação. Não há evidências conclusivas de que a ABA seja eficaz apenas para o TEA; na verdade, é uma ciência que se aplica com sucesso em uma variedade de contextos, incluindo clínicas para pessoas neurotípicas, gerenciamento de instituições, esportes, hospitais e ensino escolar.

 

A ciência comportamental, conforme destacado por Carvalho-Neto (2002), tem o compromisso ético, filosófico e prático de melhorar a qualidade de vida e os relacionamentos das pessoas. A ABA estuda comportamentos humanos relevantes socialmente e ajuda a desenvolver esses comportamentos de forma individualizada e direcionada, visando compreender as relações das pessoas com seus ambientes internos e externos.

 

Chamar a intervenção ABA de método é limitante, pois não se trata de um conjunto fixo de intervenções, mas sim de uma ciência abrangente. Sua aplicação não se limita aos profissionais formados em psicologia, podendo ser utilizada por uma variedade de profissionais, como pedagogos, médicos, nutricionistas, entre outros, promovendo qualidade de vida e autonomia para aqueles com quem trabalham.

Referências:

– Carvalho-Neto, M. B. (2002). Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do comportamento e análise aplicada do comportamento. Intervenção em psicologia, 6 (1), p. 13-18

– Tourinho, E. Z. (1999). Estudos conceituais na análise do comportamento. Temas em Psicologia da SBP, 7(3), 213-222.

Quem escreve

Silvia Marinho
Sócia-Diretora e Terapeuta Ocupacional

Caroline Luiza Coelho
Psicóloga Supervisora da Clínica Formare

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